Mulher é solta após cinco meses presa por engano em caso de envenenamento de crianças no Piauí

Por em 01/14/2025

Lucélia Maria da Conceição, de 58 anos, recebeu liberdade na segunda-feira, 13 de janeiro, após cumprir um período de prisão acusado de envenenar duas crianças em Parnaíba, no litoral do Piauí. Depois que a perícia negou a existência de veneno nos cajus que ela teria oferecido às vítimas, a mulher foi solta. “Estava falando a verdade, porém ninguém acreditou. Só a minha família e o meu advogado”, afirmou Lucélia ao deixar a Penitenciária Feminina, emocionada e ansiosa para encontrar os parentes.

A captura de Lucélia ocorreu devido ao falecimento dos irmãos Ulisses Gabriel da Silva, de 8 anos, e João Miguel da Silva, de 7 anos, ocorrido em agosto de 2024. A comunidade se irritou na época com a suspeita de envenenamento, destruíndo e ateando fogo na residência da acusada. No entanto, o laudo emitido pela Polícia Científica do Piauí descartou a hipótese de envenenamento por cajus, apontando o pesticida terbufós como responsável pelas mortes.

Além dos dois garotos, outros quatro membros da família, incluindo Francisca Maria da Silva, também morreram em decorrência da mesma intoxicação. A investigação progrediu e, na quarta-feira passada, 8 de janeiro, Francisco de Assis Pereira da Costa, o padastro de Francisca, foi detido como o principal suspeito de ter envenenado uma família.

Agora em liberdade, Lucélia busca retomar a vida após meses de injustiça e sofrimento. A reviravolta no caso traz rompimento à ex-detenta, mas também expõe o impacto devastador das falsas acusações e a necessidade de um processo investigativo cuidadoso para evitar tragédias semelhantes.


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