Zezé Motta faz show continuar e lança disco de samba em que canta com Arlindo
Por lideranca em 04/06/2018
Aos 51 anos de carreira e quase 74 de vida, Zezé Motta volta ao disco e lança neste mês de abril O samba mandou me chamar, décimo álbum da cantora e atriz fluminense e o primeiro em sete anos. Como o título já anuncia, trata-se de disco de samba, o primeiro inteiramente dedicado ao gênero por Zezé – em foto de Steph Munnier – em carreira fonográfica iniciada em 1975.
O álbum está sendo promovido com o bonito samba Missão (Lourenço e Docsantana), cujo clipe entrou ontem, 5 de abril, em rotação na web, mostrando Zezé dar voz aos versos do refrão “Vou pelos palcos da vida, vou / Fazendo o povo vibrar / Coisa de bamba / Vou vendo o povo aplaudir / O show continuar / Cantar meu samba”.
O repertório do álbum O samba mandou me chamar se desvia de músicas muito conhecidas, ainda que inclua abordagem de Louco (Ela é seu mundo) (Wilson Baptista e Henrique de Almeida, 1943). Dentre os sambas selecionados por Zezé, há um com a assinatura de Arlindo Cruz, Nós dois, composto pelo bamba com Maurição e lançado há 14 anos sem repercussão pelo cantor Evair Rabello no álbum independente Xeque-mate (2004). A regravação de Zezé foi feita com a participação de Arlindo, que está fora de cena desde março do ano passado por conta de problemas de saúde.
Outro convidado do disco é Xande de Pilares, cuja voz é ouvida em Alma gêmea (André da Mata, Mingo Silva e Kinho, 2015), pagode romântico lançado em disco há três anos na voz de André da Mata, um dos compositores do samba.
Ficar a seu lado (Christiano Moreno e Flavinho Silva) e Batuque de Angola (André Karta Markada e Juninho Mangueira) são sambas propagados ao longo do ano passado na trilha sonora da novela Ouro verde, apresentada em Portugal em 2017 com Zezé no elenco. Já o inédito samba Vem traz as assinaturas de Leandro Fregonesi, Ciraninho e Rafael dos Santos.
Fora do terreirão do samba, Zezé regrava Mais um na multidão (Erasmo Carlos, Carlinhos Brown e Marisa Monte, 2001), canção lançada há 17 anos por Erasmo, diretor da Coqueiro Verde Records, gravadora que edita o disco de sambas acalentado pela cantora desde 2007.